sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Sertão potiguar deve ter boas chuvas nos próximos três meses

23 de fevereiro de 2018

Sertão potiguar deve ter boas chuvas nos próximos três meses


No RN, 92% do seu território é semiárido e engloba as regiões Central, Oeste e quase toda região Agreste (Foto: Anderson Barbosa e Fred Carvalho/G1)

O interior do Rio Grande do Norte terá um inverno com chuvas variando de normal a acima de normal nos meses de março, abril e maio de 2018. Essa foi a conclusão da II Reunião de Análise Climática para o Semiárido do Nordeste Brasileiro, realizada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) e concluída nesta quinta-feira (22). 


O resultado da reunião é semelhante a conclusão do encontro realizado em janeiro, pela Funceme, no Ceará. Mas desta vez, segundo o meteorologista da Emparn, Gilmar Bristot, as condições climáticas estão ainda mais favoráveis para que ocorra chuvas no semiárido “a temperatura do Oceano Atlântico Sul que está mais quente e o resfriamento no Atlântico Norte que favorecem a permanência da Zona de Convergência Intertropical sobre a região Nordeste”. A Zona de Convergência Intertropical é o principal sistema causador de chuva no semiárido nordestino. 

No Rio Grande do Norte, 92% do seu território é semiárido e engloba as regiões Central, Oeste e quase toda região Agreste. Nessa área, o período de inverno vai de fevereiro a maio, com exceção da região agreste, onde o período chuvoso se estende até o mês de agosto. 

Em março de 2018, a reunião Climática será realizada pela APAC, em Pernambuco, quando será divulgado o prognóstico climático para o trimestre abril, maio e junho no Litoral Leste da região Nordeste.

Seca

As chuvas são sinal de esperança para a população potiguar. Com seis anos seguidos de estiagem, o estado enfrenta a seca mais severa de todos os tempos. Os efeitos são preocupantes. Dos 167 municípios potiguares, 153 estão em situação de emergência por causa da escassez de água – o que representa 92% do estado. Além das 16 cidades em colapso no abastecimento, 82 precisaram adotar sistemas de rodízio para ter água encanada. Ao longo destes anos, o governo estima que os prejuízos já passaram dos R$ 4 bilhões por causa da redução do rebanho e do plantio.
Em março de 2018, a reunião Climática será realizada pela APAC, em Pernambuco (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Em março de 2018, a reunião Climática será realizada pela APAC, em Pernambuco (Foto: Anderson Barbosa/G1

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